A queda de cabelo em grandes quantidades também é chamada de alopecia, e pode ter inúmeras causas, o que influi nos possíveis tratamentos. Ela pode diminuir a autoestima e provocar problemas de socialização. Saiba quando a queda de cabelo deixa de ser normal e passa a ser uma doença que precisa ser diagnosticada e tratada.
É normal perder de 50 a 100 fios por dia, faz parte do ciclo de vida do cabelo. Quem tem fios mais compridos consegue perceber melhor a queda. Cada pessoa tem, em média, 100 mil folículos capilares ou mais no couro cabeludo, então, a perda de cerca de 100 fios de cabelo por dia não provoca uma grande diferença na aparência.
Porém, quando você percebe que a queda de cabelo é maior do que o normal, é preciso consultar o médico. Pois há vários fatores que podem provocar o aumento da perda de fios, desde questões de saúde até o envelhecimento e a própria genética da pessoa.
Existem alguns tipos de alopecia, que é quando a queda de cabelo diária é maior do que a normal.
Alopecia androgenética – é um dos tipos mais comuns e a queda de cabelo é causada por questões genéticas e hormonais. Pode acontecer em homens e mulheres. Embora o desenvolvimento da alopecia androgenética comece na adolescência, fica mais aparente por volta dos 40 a 50 anos.
Atenção! Geralmente, o sintoma mais comum é o afinamento dos fios. Em cada ciclo do cabelo, os fios nascem cada vez mais finos e o couro cabeludo mais aberto. Nas mulheres, a região central é mais afetada, pode estar relacionada à acne, obesidade, irregularidade na menstruação e aumento de pelos no corpo.
Alopecia areata – causa a queda de cabelo ou de pelos em áreas arredondadas/ovais do couro cabeludo ou em outras partes do corpo, como cílios e sobrancelhas. Atinge de 1% a 2% da população brasileira, tanto homens quanto mulheres, e pode surgir em qualquer idade. Cerca de 60% das pessoas afetadas têm menos de 20 anos.
Atenção! A alopecia areata, normalmente, é provocada por fatores genéticos ou imunológicos. Estresse ou a presença de micro-organismos, por exemplo, pode gerar uma resposta autoimune (quando o sistema imunológico ataca células sadias do próprio organismo) que lesiona o folículo piloso, parte da pele responsável pela produção e crescimento dos pelos. Também pode estar associada a doenças, como diabetes, lúpus, vitiligo e rinites.
Alopecia cicatricial – compreende um grupo de distúrbios, nos quais acontece a destruição do folículo piloso. Quando isso acontece, ele não pode se regenerar e a perda do cabelo é permanente. O problema afeta 7% dos pacientes que recorrem às clínicas especializadas em queda do cabelo.
Atenção! Não se sabe qual é a causa da alopecia cicatricial. Mas, o diagnóstico precoce é muito importante para iniciar o mais rápido possível para tentar evitar a perda dos folículos.
Alopecia seborreica – a dermatite seborreica, que é uma doença inflamatória na pele, pode afetar os folículos pilosos e causar a queda do cabelo.
Atenção! a queda de cabelo provocada pela dermatite seborreica não é comum. Quando ocorre, o cabelo volta a crescer com o controle da condição.
Alopecia totalis – é uma condição rara na qual acontece a perda de todos os fios do couro cabeludo. A causa exata não é conhecida, mas acredita-se que é um problema autoimune. Cerca de 20% das pessoas afetadas têm algum membro da família com alopecia. Ela pode acontecer em pessoas de qualquer idade, embora afete mais quem tem de 15 a 29 anos.
Atenção! Não há cura para a alopecia totalis. Mas, a condição pode regredir espontaneamente em alguns casos, embora a chance de isso acontecer em quem a tem por mais de dois anos seja muito remota.
Alopecia traumática – é causada pelo hábito de a própria pessoa arrancar os fios de cabelo constantemente, por alguma prática cosmética onde os fios sejam muito tencionados frequentemente ou por algum trauma na cabeça.
Atenção! A tricotilomania é um transtorno psiquiátrico que afeta cerca de 50 a 75% das pessoas com mania de arrancar o cabelo.
Alopecia universal – é mais grave do que a alopecia total, pois, além da perda dos fios do cabelo, isso também ocorre com os pelos do corpo, até cílios e sobrancelhas. Também pode a queda dos pelos pubianos e dos localizados dentro do nariz. Ela é considerada uma doença autoimune.
Atenção! O objetivo do tratamento é retardar ou diminuir a queda. Mas há casos em que houve recuperação do cabelo nos lugares afetados.
Eflúvio telógeno – é um problema que interfere no ciclo de crescimentos dos fios e causa o aumento da queda de cabelo. Geralmente, percebe-se melhor a perda de mais fios no bolo que cai no chuveiro ou que fica na escova quando o cabelo é penteado. Existem dois tipos de eflúvio:
Há uma série de fatores que pode provocar a queda de cabelo, como:
Para realizar o diagnóstico da queda de cabelo, o médico faz um exame clínico para verificar a condições dos fios e do couro cabeludo. No entanto, existem alguns detalhes que não são perceptíveis a olho nu. Por isso, é possível que ele também solicite ou faça uma tricoscopia, exame que permite investigar detalhadamente o couro cabeludo e verificar a extensão da perda de cabelo. Com o resultado do exame, é possível indicar o tratamento mais adequado.